21 de dezembro de 2017

O presidente mentiu

Neste link, encontra o post que escrevi sobre a discussão e aprovação da alteração ao projecto de arquitectura do Lar da Felicidade; onde fui injusto com Narciso Mota, à luz do que se sabe agora.
Neste post, procurarei ser “justo” com Diogo Mateus. E repor a verdade.
Como se pode ver e ouvir no vídeo, Diogo Mateus afirmou, na altura, que que “o lar não tinha licença de construção”, era uma “obra clandestina”, que “nunca teve parecer da segurança social” e que aquele era “o primeiro licenciamento da obra”. Acrescentou ainda que Narciso Mota “fomentava a construção clandestina” e que “o tempo desses licenciamentos de Far West”, com ele, tinham acabado. Os exemplos apresentados ontem por Narciso Mota mostram que não.
Diogo mentiu. De forma categórica e reiterada, como o documento em anexo (e outros) prova. O Lar da Felicidade foi aprovado, por unanimidade (provavelmente com o voto de Diogo Mateus), em reunião da câmara, realizada no dia 22 de Junho de 2006, com base nos pareceres favoráveis dos serviços camarários (que elaboraram e aprovaram o projecto), da Segurança Social, dos Bombeiros e do Centro de Saúde. Por isso, a construção do Lar está perfeitamente licenciada - tem licença de construção aprovada e emitida pela câmara. Diz Diogo Mateus que o dono da obra, durante a execução da obra, fez alterações ao projecto. Se as alterações eram de monta, ao ponto de desvirtuarem o projecto, competia à câmara (ao executivo anterior liderado por Diogo Mateus) embargar a obra e cancelar a licença. Se não o eram, havia/há duas formas de corrigir a(s) desconformida(s): corrigir na obra ou alterar o projecto. Diogo Mateus optou pela segunda via – anuiu à alteração projecto.
Diogo Mateus argumenta bem e está numa posição de enorme vantagem porque tem toda a informação, tempo e recursos. Por outro lado, está sentado numa vitória retumbante contra o “velho” e sem oposição capaz. Tinha obrigação de ser magnânimo, de respeitar o “velho”. Ao invés disso, recorre, de forma indigna, à mentira categórica e reiterada, para o achincalhar, com argumentos que levam atrás de si muito da sua personalidade.
Maquiavel afirmou que “os homens ofendem ou por medo ou por ódio”. Diogo Mateus é de outra espécie: ofende por prazer. É um fidalgo poderoso e douto, que se deixa dominar por (seu) baixo espírito, por um ódio baixo ou mal nascido, que o leva a achar que precisa de ser cruel para ser bom. Diogo Mateus não faz guerra ao “velho”; faz guerra à sua própria reputação. Assim, não precisa de cavar mais a sepultura para enterrar nela a honestidade e a nobreza.
Convém, sempre, lembrar, aos iludidos com o poder, que um tirano competente só é preferível a um desleixado incompetente quando o objectivo é o mal.

PS: As reuniões do executivo (transmitidas) são de tal forma fastidiosas, de ver e pior de ouvir, que provocam náusea. Mas há uma coisa que choca ainda mais: o empenho que os protagonistas colocam para baixar o nível.

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