11 de maio de 2016

Onde pára a Feira do Livro?



Ao fim de 21 edições a vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Pombal decidiu (ou alguém decidiu por ela) que era tempo de acabar com a Feira do Livro. Talvez por fruto da sua extensa formação na área da mercadologia, Ana Gonçalves concluiu que o evento não interessava aos consumidores. 

Todos sabemos que as feiras do livro já conheceram melhores dias. Nos últimos anos, os certames realizados fora dos grandes centros têm apostado na literatura infanto-juvenil que - por muito que alguns pensem o contrário - é a única faixa etária que tem vindo a aumentar o número de leitores. Mas como os jovens não votam, não foram incluídos nos doutos estudos da Srª vereadora. 

Mesmo não tendo grandes expectativas quanto ao interesse da vereação laranja pelas coisas da cultura (acham mais piada brincar ao carnaval disfarçados de Marquês de Pombal), atrevo-me a dar um conselho: porque não entregam a organização do evento a quem sabe do assunto? Não faltam exemplos no país de iniciativas de sucesso em que o livro é protagonista. Mas, para isso, é necessário que os promotores tenham imaginação e acreditem genuinamente no que estão a fazer. 

Numa altura em que a Junta de Freguesia de Pombal, em boa hora, voltou a lembrar a figura de António Serrano, custa ver o desprezo com que a Câmara trata a literatura. 

PS: Muitos parabéns ao Nuno Gabriel e restantes premiados na edição deste ano do Prémio Literário António Serrano.

5 comentários:

  1. Tem sido o problema maior da cultura em Pombal: embora concordemos todos que a Camara Municipal não pode ser o único promotor cultural da cidade, deve ser(até pela forma despudorada com que quase se impõe em todas as iniciativas/instituições) pelo menos um facilitador das suas realizações. Mas para isso, precisa que a função seja desempenhada por quem conhece a realidade cultural. Ou então, deve congregar quem o possa fazer. Deixas aqui uma belíssima sugestão, papelaria Soares / Regina Gaspar. Atrevo-me a sugerir outra, que poderia até ser incluída na tua: temos em Pombal um desaproveitadíssimo Paulo Moreiras, que tanto poderia fazer nesta matéria. Bastava perder as peneiras e usar quem pode e sabe.

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  2. Pode ser que no próximo Executivo, lá para 2017, o novo Presidente da CMP coloque como Vereador na Cultura, alguém com sensibilidade para a causa.

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  3. A questão é que dá muito trabalho pensar em iniciativas culturais. E o que não gera impacto económico é despromovido na prioridade de acção.
    Por isso é que as férias de verão são só para os funcionários e infraestruturas da área da cultura...

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  4. Serve sempre de muito criticar quando se termina algo que não funcionava e se faz algo diferente. Façam pela vida em vez de mandar bitaites sentados nas vossas cadeiras. Quanto ao prémio do Sr. Nuno Oliveira, questiono, houve mais alguém que concorresse á mesma categoria?! É que no meio de tantos a escrever aqui, espanta-me que só um o tivesse feito a falar de Pombal, quando tantos apregoam a sua cidade.E com esta vos deixo. Carla Morgado

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