5 de agosto de 2014

E agora ETAP

A ETAP foi a menina dos olhos da classe politica e dirigente local - mais por interesse do que por paixão – que se serviu dela para os mais diferentes fins. Foi, até há pouco tempo, uma entidade intocável – ai de quem se aventurasse a fazer-lhe um reparo ou a falar dela se não fosse para lhe tecer loas. Mas nem isso a protegeu dos desaires.
A ETAP foi criada com o propósito inicial de responder a procura de ensino profissional. Enquanto teve uma oferta educativa exclusiva – logo diferenciadora - cumpriu, em parte, a sua missão. Atualmente é um projecto esgotado: sem programa educativo coerente e consistente, sem alunos que a viabilizem, com um enorme passivo, enredada em processos judiciais e em malabarismos administrativos, … A escola está numa encruzilhada, sem rumo e sem futuro (risonho). Deixá-la desfalecer, entregue a si própria, tem dado maus resultados para a comunidade educativa e para os contribuintes.
A ETAP tem que ser repensada, tem que encontrar rapidamente uma orientação estratégica clara e consistente que a livre do desfalecimento sem glória. É altura de os seus stakeholders – executivo municipal à cabeça - assumirem as suas responsabilidades e comprometerem-se com um rumo para a escola. Basta de silêncios comprometedores. Os stakeholders devem responder (suportados em dados credíveis) às questões seguintes:
- No atual contexto, caracterizado por um excesso de oferta de ensino profissional (e do outro), uma escola de ensino profissional com uma oferta generalista é viável?
- Há procura para uma oferta educativa diferenciadora (com um projeto educativo coerente e consistente)?
- A escola deve manter-se na câmara ou ser privatizada (cedência do capital ou da exploração)?
Ainda é tempo de tomar boas decisões. Amanhã será tarde.

4 comentários:

  1. Viva
    A Etap andou muitos anos a viver na sombra do seu passado e o resultado está à vista e tudo o que está a acontecer na ETAP foi anunciado atempadamente no farpas. O problema foi gerirem uma escola com o suor da cabeça da coisa.

    A escola, a meu ver, não esgotou o fim para o que foi criada. Há muito por fazer, falta iniciativa e imaginação.

    Pombal está carenciado de bons profissionais de hotelaria,
    - na restauração apresenta apenas aprendizes e curiosos a servir às mesas,
    - cozinheiros bons não conheço.
    - técnicos de manutenção industrial continuam a faltar

    Estes são 3 exemplos de carências no concelho mas certamente há mais

    Da Etap podem surgir cursos para empregados de mesa, cozinheiros, técnicos de manutenção industrial, técnicos de manutenção de parques eólicos,etc.
    Porque não uma escola de turismo? porque não um pólo do politécnico de Leiria ou da universidade católica, ou do conservatório de música?
    São estas as sugestões que me ocorrem.

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  2. Utilizando o modelo de Gestão do Paulinho das Feiras e do PPC, aproveita-se este próximo fim de semana e cria-se uma Nova Escola incluindo todos os activos e cria-se uma Escola má contendo todo o lixo tóxico.

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  3. Sugeria uma análise dos cursos profissionais disponibilizados no Concelho de Pombal, o que poderá ser feito em http://educa.cm-pombal.pt/ . Depois de feita tal análise à oferta existente, analisem, por favor, o que aqui foi escrito

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