21 de janeiro de 2013

Pombal é um dos concelhos mais afectados? Jura?

O senhor da EDP fez ontem à noite uma revelação na TV que nem por isso nos deixou de olhos em bico: O distrito de Leiria é um dos mais afectados pelo temporal, particularmente o concelho de Pombal. As horas passam e há milhares de pessoas sem luz, sem água e sem telefone desde sábado. De Albergaria a Abiul, o concelho-charneira anda às apalpadelas. Na cidade, já sabíamos desde 2006 que atiramos a Veneza nas horas de muita chuva. À volta, ficámos a saber que a parte florestal dos 640 km2 pode dar mais chatices com o vento do que até com os fogos. Desta vez somos apenas uma gota no oceano nacional. 
Tendencialmente ignoramos os alertas. Só que desta vez era verdade, como na história de Pedro e o Lobo.
Escrevi este texto no Aventar à laia de crónica das horas difíceis. As fotos que aqui publico são do Louriçal, Santo António e da minha Moita do Boi, tiradas ontem à tarde. Na nossa página do FB há partilhas de outras imagens, de outros pontos do concelho.
Digam-me agora para que servem os planos municipais de emergência.

5 comentários:

  1. Boa tarde!
    Peço desculpa *a Paula Sofia da LUZ mas vou utilizar o seu Post para dar uma FARPA, só depois comento o Post.

    Fui revalidar a minha carta de condução no mês de Setembro de 2012 porque caducava no dia 4 de Novembro do mesmo ano, pelos testes psicotécnicos,(pesados e moro) o processo deu entrada no IMT a 3 de OUTUBRO de 2012, passados quase 4 meses continuo sem carta, telefono para o IMT, ninguém atende, certamente é uma casa fantasma, como pode este País crescer.
    Quero sair para o estrangeiro e não tenho carta. PAÍS DA TRETA.

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  2. Boa tarde
    Sem dúvida esta intempérie foi das piores que já assisti e não foi só em Pombal, o IC2, da Feira até à Mealhada, no Sábado de manhã, continha árvores derrubas em quantidade e causou muito transtorno a todos os que a utilizaram (eu fui apanhado nesse percurso).

    Neste caso o plano municipal de emergência, se é que existe, pouco alterava a situação uma vez que os estragos nas linhas de electricidade são da responsabilidade da EDP.

    Já era tempo dos empresários agrícolas se unirem e criarem um fundo de emergência para fazer face a estas intempéries.

    Lamento também que Pombal apareça sempre nas bocas do mundo, nos órgãos de comunicação social, apenas pelas piores razões

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  3. Os danos e as consequências das intempéries, são em qualquer circunstância sempre de lamentar.
    Porque sobretudo afectam pessoas.
    No entanto devem, também, fazer-nos reflectir.
    O tempo e o clima, são facto rés naturais com os quais temos que, irremediavelmente, aprender a viver. Ao invés de lutar contra os mesmos. Do que vi depois do temporal de sábado, verifiquei que as zonas mais afectadas são as zonas rurais. Nestas são imensas as arvores caídas, sobre casas, cabos de electricidade ou de telefone. Ora isto não devia acontecer. Mas também não se diga, como já ouvi, que as arvores nem deviam estar ali. As arvores, algumas centenárias, estavam ali antes de todos nós.
    O que não devia estar ali eram as casas e as infraestruturas. Deviam estar noutro lugar, um lugar onde estariam em segurança contra as intempéries. E isso teria acontecido se existisse no nosso país verdadeiro ordenamento do território. Mas não existe tal coisa. Temos Planos e mais Planos do ordenamento do território, temos legislação mais do que suficiente, mas não temos Ordenamento do Território. E porque não temos? Porque nós não queremos essa coisa estranha que atrapalha o exercício do nosso intocável direito de propriedade e por outro lado é, segundo altos responsáveis políticos, um entrave ao desenvolvimento económico.
    O munícipe quer, o politico deixa, a obra nasce.
    E assim se criam verdadeiras asneiras por esse país rural. Quantas vezes não assisti a munícipes irem reclamar, ao político responsável, do indeferimento do projecto para licenciamento da construção da sua alegre casinha, num terrenozinho ali mesmo ao lado dos seus pais, metido num frondoso bosque numa pitoresca aldeia? Imensas. Insurgiam-se contra o danado do engenheiro da entidade pública, contra o jurista contra todo o funcionário público, porque, estes invocavam uma coisa chamada PDM que alegadamente não permitia construir. Mas a força popular tem mais força que o vento de sábado. E, no final, com o beneplácito dos político, lá se arranjava uma forma de dar a volta à questão e a casa lá se construía.
    Hoje essas mesmas pessoas estão de volta a reclamar. Mas reclamam dos prejuízos que sofrerem com a queda das árvores sobre os seus telhados.

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  4. Caro Edgar,

    O problema principal é exatamente esse: a ausência total de ordenamento do território que agrava muito as consequências destes "atos de Deus" e origina muitos problemas/ineficiências.
    Continuamos, no sec.XXI, a privilegiar o ordenamento disperso, desligado, isolado, dispendioso para as pessoas (apesar de elas pensarem o contrario. Até um tipo (eu) com boa instrução cometi esse erro,mas felizmente corrigi-o a tempo)e para o Estado.
    Mas há outro problema estrutural que agrava as consequências destes "atos de Deus": a total falta de uma cultura de prevenção, das pessoas, das empresas das infraestruturas e dos organismos públicos (câmara à cabeça).
    O resultado só podia ser este. E tinha que ser mais evidente em Pombal. Onde falta tudo isto.
    Boas,
    AM

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  5. Olá a todos os que comentaram este post,
    eu concordo com todos os Vossos ponto de vista, mas acham que as pessoas mais afetadas com o temporal, se fosse hoje não voltariam a construir as suas casas exatamente no mesmo local?
    Essa questão do PDM que alguns levantam, até parece que a Natureza só penalizou quem não cumpriu o PDM, não sejamos hipócritas!
    Eu sou o primeiro a defender uma verdadeira organização territorial, mas isto que se fala aqui é uma verdadeira falsa questão. Os políticos tentam resolver as as expectativas das pessoas, para que estas, óbviamente fiquem satisfeitas com o se desempenho (o que eu não concordo na totalidade, mas compreendo).
    A democracia é mesmo assim...

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