26 de agosto de 2011

O “sócio” partidário

As reflexões que o JGF aqui tem trazido sobre a forma como os militantes partidários censuram a participação pública dos seus correligionários quando esta não é completamente concordante com a linha do partido ou a acção pública dos seus dirigentes ou representantes comprova que os partidos deixaram, há muito, de ter pensamento crítico. Se a nível nacional a realidade é preocupante a nível distrital e concelhio é doentia. O militante transformou-se no “sócio” partidário, e nos partidos, ao contrário dos clubes de futebol, os “sócios” resumem-se aos membros das claques. Estes novos militantes – “sócios” – não toleram a discordância pública nem o debate e a discordância interna. Por isso, há muito que os partidos deixaram de ter correntes de opinião, facções e debate interno. O unanimismo abafou tudo e reduziu a militância aos “sócios”, e estes não estão para perder tempo a discutir ideias e projectos, querem vitórias e os respectivos dividendos.

6 comentários:

  1. Boa tarde!
    Se não toleram a discordância nem o debate passam a ser os cães de fila, piores que os do tempo de Salazar, pois, estão legitimados pelo eleitorado para mandar calar os outros quando estão em maioria.


    "VIVA o OBSCURANTISMO, ABAIXO O DEBATE"
    Que belo slogan para uma campanha eleitoral

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  2. DBOSS
    Porca Democracia que engorda poucos por conta de muitos.
    A verdade é que é assim mesmo que todos querem que aconteça... "...e ...assim... acontece..." (sic Carlos Pinto Coelho).
    O quero posso e mando é transversal de direita à esquerda, de cima a baixo, de fora para dentro ou vice-versa.
    O que me aborrece, o que me chateia é mesmo ter de ser sócio e não poder ou não quer criticar.Ora o ser sócio de é isso mesmo, criticar e vejamos o que acontece no Benfica, no Sporting, no Porto enfim onde se é sócio e se está concentadissimo...

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  3. na critica. ao "gigador", ao "mister", ao "presidente" e até aos outros sócios...

    Oh Sócio, agora não, q'eu tou mesmo concentradissimo...

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  4. A ausência de critica e a consequente falta de indicação de erros levou o nosso país e muitos outros países a uma situação de rotura ou pré-rotura económica. Foi criada a cultura do comportamento "politicamente correcto" para justificar o "dever" de não divulgar nem comentar factos prejudiciais ao país, à economia e às instituições, tudo em nome da defesa de algumas "vacas sagradas" ou da falsa defesa da democracia e do "superior interesse nacional".

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  5. Olá!
    O que faz falta sãos os pactos do regime para calar a malta e o povo não chega a saber

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  6. No PSD em Pombal, os plenários de militantes são cada cez mais raros... ou ja acabaram mesmo... Agora só se vai aquela sala para votar nas listas que os iluminados cozinham os tachinhos entre eles.

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