7 de março de 2011

Se o meu Castelo falasse...


... passava-se com quem projectou e autorizou.

17 comentários:

  1. Credo. O que é aquilo, parece as escadas para a Kiay. Anda tudo doido em Pombal?

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  2. É por esta e por outras do género é que eu sendo natural de Pombal, deixei de visitar a minha terra natal, já não a reconheço.

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  3. Tenho visto em noutros locais e monumentos acessos do mesmo tipo, mas com pedra e ferro ou madeira no corrimão, similares ou em concordância, na cor e aspecto, com o local ou monumento em questão. Talvez isso fosse demais para Pombal..

    Será que o arquitecto o era? Ou foi só escolha do empreiteiro? E quem autorizou, terá as escadas verdadeiras em pedra rústica escurecida no seu jardim ?

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  4. JVerissimo, de facto há uma série de intervenções por aí fora, mas sempre com a preocupação de articular modernidade com antiguidade. Aqui parece-me uma evidente questão de mau-gosto, especialmente pelo material utilizado. Aquilo parece uma escada de um qualquer prédio, como alguém dizia. De toda a obra do Castelo, e havendo partes que estão perfeitamente enquadradas, esta é um exemplo do gastar dinheiro numa aberração.

    Eu até admito que se projecte coisas destas, mas não percebo como são autorizadas. E obviamente, fosse eu responsável político nunca aceitaria um projecto destes. Mas já se sabe que a sensibilidade histórica, com raras excepções, ou vai atrás do que é fácil ou fica guardada num canto qualquer com medo que seja uma coisa contagiosa.

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  5. percebo por aí a malidicência das intervenções luxuosas da autarquia que paga com mais acuidade aos seus fornecedores. O arq. que autorizou deve ter sido o mesmo que pagou para projectar ao seu gabinete. E mais não digo, pois toda a gente o sabe e ninguém faz nada ...

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  6. Com tantas obras de luxo por aí, deve ter saído o Euro-milhões à Câmara de Pombal. E com tanto de essencial ainda por fazer!
    Mas há mais aberrações no projecto do Castelo: as pessoas de mobilidade reduzida têm troços de acesso possível, intercalados com escadas que terão de transpor por outros meios. Realmente o planeamento das obras deve ser tão difícil como acertar com as cotas do pavimento das ruas, nas construções urbanas cá em baixo, na urbe em geral.
    Saudações.

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  7. Para além das falhas do projecto que não são aceitáveis (em especial a mobilidade) há uma dúvida que tenho: quantas alterações levou o projecto? Como já me lembraram, as escadas de discoteca não constavam da apresentação multimédia, por exemplo.

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  8. Nos Pombalenses somos uns impacientes!.
    Com a conclusao e instalacao do teleferico entre a Praca Marques de Pombal e o renovado Castelo. Com o terminal a ser instalado no Parque de estacionamento (vulgo Elefante Branco)a ver se da movimento "aquilo" ali construido,pelo nosso inegualavel Presidente.
    Veem como se pode sempre recuperar um mau projeto e um pessimo investimento!!as ideias do Narciso sao sempre geniais.
    Deixem acabar os projetos...poooorra!!!
    EA

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  9. Bravo, sr. Ernesto Andrade! Se estivéssemos no Facebook e fosse possível, carregaria mil vezes em GOSTO.
    Quando este Presidente da Câmara se for embora, não faço ideia de quantos mandatos precisará o sucessor para limpar a borrada que ele tem feito.
    Saudações

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  10. Isso depende muito, se o conceito "Bimbo-estético" for o mesmo, vamos continuar a ter o concelho mais original de Portugal. Um autentico concelho de charneira...

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  11. Roque, formidável, o seu criativo neologismo pombalense: "bimbo-estético". Vou juntá-lo ao meu vocabulário activo para enriquecimento curricular. Obrigado.
    Saudações.

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  12. Bom dia!
    Caro Sopas o Sr. gosta de brincar com a ignorância, sai ao seu pai, não acredito que goste!

    Onde está o IPAR?
    Só falta deitar o castelo abaixo!

    Os materiais aplicados são dignos mas desajustados ao monumento logo o IPAR devia intervir. Só um ignorante, ou um péssimo profissional, pode escolher este tipo de materiais para um monumento nacional ou então quer transformar o castelo num Kitchs

    Saudações

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  13. Este comentário foi removido pelo autor.

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  14. Gosto da escada (só vi na fotografia). Gosto do volume do monólito e do contraste com os muros velhos. Preferia-a sem grades. Esteticamente falando, nada tem de kitsch. Não vejo, realmente, razões para tanto choque.
    Como sabem, devido às invasões francesas, cujo bicentenário se comemorou por aí este fim-de-semana, o paiol do castelo de Pombal explodiu e destruiu-o, deixando-o numa situação semelhante àquela em que ainda se encontra a Igreja de Santa Maria (salvo erro). O Castelo Altaneiro que nos habituámos a ver e que nos faz sonhar, verdadeiramente, é um Castelo de cenário ao estilo “novecento” do Duce e do Estado Novo de Salazar, que no local do antigo reconstruiu outro sem grandes preocupações de rigor. Ou seja, a maior parte das pedras que nos fazem sonhar com batalhas, tropéis de cavalos e mouras encantadas, têm pouco mais de 50 anos. Na minha opinião, kitsch seria optar por esse mesmo tipo de solução, de grades com lanças de bronze e com as pedras escurecidas que algum “pato bravo” possa ter levado para colocar nalgum jardim de alguma vivenda verdadeiramente kitsch.
    Como se costuma dizer, o tempo tudo harmoniza. Como no caso as raparigas giras, dos 20 ou 30 anos que nos põem com olhares “esgazeados”, mas que a diferença de idades nos impõe o dever da humildade de afastarmos delas os nossos pensamentos, sendo todavia, mais do que certo que daqui a mais 20 ou 30 anos já nada faz grande diferença.
    Peço imensa desculpa se isto choca alguém, mas o kistch foi mesmo uma perspectiva estética que se nos enraizou sob o epítome: “Monumentos Nacionais”.

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  15. Jorge

    O Projecto original, tanto quanto era possível perceber, não tinha grades (ou corrimões). E há zonas do Castelo que estão engraçadas porque apesar de novas geram um contraste engraçado que não destoa. Isto no entanto, não se enquadra - e de gostos falamos - nessa lógica. Lembra-me quando se rebocou o relógio velho. E mesmo que o Castelo de hoje (e praticamente todos, incluindo o de Guimarães, o icónico berço da nacionalidade) tenham sido recriados para 1940, pergunto qual a necessidade daquelas cicatrizes, qual a mais valia das mesmas? Que vantagem trazem ao conjunto? São umas escadas em material que causa um contraste pelo choque com o material velho (na parte do que resta da Igreja de Santa Maria do Castelo, admito que havendo choque entre materiais ganha-se espaço e limpeza). Eu aceito que tudo se reconduza a gostos, mas também tem a ver com a forma como encaramos o nosso monumento maior e o que é certo é que à desfiguração de dentro (usar aquele ferro "ferrugento" para abraçar a torre de menagem) acrescentam-se elementos que não se percebem cá fora. E o Castelo, que podia albergar um núcleo museológico - e se calhar podia-se ter partido exactamente daí - fica ali altaneiro mas tipo um lego construído por um criança.

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