14 de junho de 2010

A marcha dos desalinhados


Gosto das marchas, pronto. Tenho cá aquela portuguesice entranhada que me tolda a realidade, volta e meia. Por saber que este poderia ser o último desfile, fui ver as marchas sábado à noite, mais para ver os primos e primas, filhos destes e daqueles, amigos lá da minha Moita do Boi, que se alinharam numa marcha infantil.

Eles e os outros todos levavam presentes para o senhor presidente. Só que o senhor presidente não foi às marchas. Diz que estava para o Luxemburgo. Nada que não fosse natural, se nesta terra fosse natural - como nas outras - o senhor presidente fazer-se representar. Mas parece que agora a música é outra. Agora que está quase de abalada, o senhor presidente já não se desdobra em vinte por domingo para estar presente em toda e qualquer salva de palmas. Não raramente, faz-se representar. E já diz que não. E recusa subsídios. Para as marchas, por exemplo. Tenho aqui um dedo que me diz que ainda aí vêm surpresas, até final do mandato.

6 comentários:

  1. Então e os "vereadores de serviço"? Quem é que estava de piquete nesse dia?

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  2. O mais importante é saber quem eram os vereadores de serviço? Se em vez de participarem nos eventos por obrigação, trabalhassem mais para solucionar os problemas levantados por todos nós, não era mais produtivo? Pu que participassem, mas com gosto, sem ser um autêntico frete?

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  3. Minha Senhora do Cardal,

    Político eleito que ache frete e não participe das festas populares do seu munícipio, tem sempreuma boa solução:não se candidata.

    Agora, se não compareceu (?) nínguém da vereação para, em nome do Município, dizer umas palavras de agradecimento, é confrangedor porque revela falta de organização, de educação elementar e de cultura política, o que redunda em desrespeito pelo trabalho das colectividades e pelas pessoas envolvidas. Mas não me admira, por cá é o mesmo. As simbioses com o povo só interessam na próximidade das eleições.É pena!

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  4. Jorge, devo dizer-te que lá esteve - e muito bem - o vereador Fernando Parreira, em representação do presidente da Câmara. Até deu conta de que ele estava no Luxemburgo, mas a ser informado de tudo o que se ali estava a passar :)

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  5. Assim, o meu ponto de interrogação tinha razão de ser. Fico esclarecido, como suspeitava, afinal, as coisas aconteceram como devem acontecer. Fazer-se representar e delegar é o acto mais natural e inteligente do poder democrático. O inferno esta cheio de insubstituíveis e não consta que seja um local muito agradável.
    Por outro lado, do pouco contacto pessoal (informal) que tive com o Vereador Parreira, acho que é uma pessoa com simpatia e saber estar bastantes para criar empatia com as pessoas e para representar com dignidade o Município em qualquer circunstância.

    P.S.: Roque, não penses coisas, o Senhor Vereador não precisa de se preocupar com a avença, trata-se de um sentimento genuino e desinteressado ;) :) :)

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  6. Caro Amigo Jorge Ferreira, conheço o Vereador Parreira desde os nossos tempos da JSD e sempre o considerei como uma pessoa muito competente e talvez não ficasse mal na pele de Herdeiro do trono, mas isso sou eu a falar. Dos Vereadores de Narciso Mota, o Parreira e o Diogo são de longe os com mais experiencia e capacidade politica, ás vezes andam é mal acompanhados por "penduras" que só querem trepar no poleiro.

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