25 de abril de 2010

25 de Abril, sempre!


Obrigado. Pela coragem, pela integridade, pelo exemplo, pela abnegação, por ser o último grande herói. Por não querer o holofote. Por perceber que Abril se teria de cumprir com muitos e pelo futuro de todos. E que mesmo que ainda falte bastante, o exemplo de um Homem, tão maltratado por quem depois mandou (privilegiando sempre a espinha quebrada e desrespeitando opiniões contrárias), mesmo que tenha havido datas posteriores que felizmente impediram desvios totalitários, neste dia gosto de relembrar um rosto de um Homem que no encontro que teve com a História nem chegou atrasado nem quis roubar o momento. Obrigado.

30 comentários:

  1. Bom Dia meus amigos,companheiros e camaradas,

    Em nome dos nossos filhos, dos nossos netos,..., saibamos, sempre, estar à altura deste dia

    25 DE ABRIL

    Esta é a madrugada que eu esperava
    O dia inicial inteiro e limpo
    Onde emergimos da noite e do silêncio
    E livres habitamos a substância do tempo

    S.M.B. Andresen

    Ainda há muito quem se empenhe em encardir este dia "Inicial, inteiro e limpo" e teime tentar submergir as vozes que discordam, na "noite e no silêncio". Esjamos sempre disponíveis para ser, também nós, a bóia de salvação ou aquele pedaço do destroço do naufrágio que permite manter a voz à tona para que a liberdade emerja e não se afunde.

    Abraços fraternos e livres,

    ResponderEliminar
  2. Amigo e companheiro João Alvim, boa tarde.
    Neste teu post, a tua veia poética subiu à tona. Usa-a com a tua mestria habitual.
    Fui, em passo de corrida, às cerimónias de Pombal.
    Fiquei muito contente mas, também, muito triste.
    Fiquei muito contente com o discurso do Engº Narciso Mota. Falou dos problemas da nossa vida.
    Fiquei muito contente com a magistral lição do nosso conterrâneo Contra Almirante António Ribeiro filho do nosso amigo Manuel Ribeiro e da Senhora Sua Esposa.
    Deu uma agradável aula abordando a revolução desde 74 a 82 de uma forma técnica e não política.
    Obrigado Contra Almirante!
    Fiquei muito triste porque se contavam com uma mão os socialistas presentes.
    Comunistas… nem vê-los. Mas, aí, compreendo.
    Fiquei muito triste porque verifico que o Partido Socialista de Pombal ainda não foi desta que implantou a sua estratégia.
    Ou será que a estratégia do nosso amigo e camarada João Coelho não passou?
    Era bom para Pombal ter um Partido Socialista forte.
    Quanto à discussão do dia de hoje.
    O que está, hoje, em cima da mesa é a criação de riqueza, para a poder distribuir.
    Sem se criar riqueza não vejo hipótese nenhuma de a distribuir.
    Respigo do DN o que o Presidente da República disse hoje na Assembleia da República:
    Cavaco critica os bónus dos gestores
    O Presidente falou dos prémios injustificados em contraponto com os salários baixos de muitos trabalhadores. E apontou o Norte e o mar como prioridades do País
    No discurso evocativo dos 36 anos do 25 de Abril, Cavaco Silva fez o levantamento de todos os problemas do País e apontou várias soluções. Crítico, Cavaco sublinhou a questão dos altos dos prémios e bónus dos gestores, lembrando que já tinha chamado a atenção para o problema em 2008, e foi aplaudido pelo PSD, CDS e do... PS. ...E pediu apoio à criatividade e talento do país…
    José Sócrates, em comentário, acha que nenhuma das palavras do Presidente são uma crítica ao Governo e elogiou mesmo o pedido de confiança para os portugueses.
    Quanto aos prémios dos gestores, o primeiro-ministro disse concordar inteiramente com os cortes dos bónus, disse que o Governo já o impôs, e condenou "essas práticas" de "cobiça vertiginosa".
    No Público, de hoje, Vasco Pulido Valente afirma:
    … Até, para meu espanto, um inconquistável optimista como Mário Soares nos veio dizer, segundo o DN, que há hoje mais desigualdade em Portugal do que havia em 1974, coisa que, por manifestamente falsa, só de facto mostra o desespero dele…
    Companheiros, fico ainda mais triste por o Partido Socialista nacional não ter rumo, nem Norte e choro por nós, pobres e indefesos cidadãos.

    ResponderEliminar
  3. Abril, de contradições mil...

    Uns ostentando anéis e mordomias doiradas e outros, sempre a pagar o pesado fardo de uma administração digna de marajás...

    Sempre os mesmos, sempre a arraia miúda, será que nada mudou?!

    Sim, agora pode-se lamentar em voz alta... mas os tribunais estão atentos e fazem o papel de «papão»!...Vampiros das liberdades!

    ResponderEliminar
  4. Sim, Senhor Rouxinol de Bernardim, são «sempre os mesmos, sempre a arraia miúda,» a pagar a factura do desperdício dos poderosos! Um dia se dirá que o Abril de 1974 foi o Alcácer-Quibir do Séc. XX. Com uma grande diferença - mesmo vencidos e subjugados por rei estranjeiro, mantivemos a dignidade, a elite recompôs-se; hoje a anti-elite perpetua-se no poder, os corruptos são agraciados, rasgámos os Lusiadas, trocámos a pimenta da India e o ouro do Brasil pelos subsídios da Europa que, segundo creio, estão mesmo a chegar ao fim. E depois?

    ResponderEliminar
  5. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderEliminar
  6. Caro Professor, da nossa raça, aventureira e talentosa vale-nos agora somente o MOURINHO, é o unico Português com os "tubaros" dos Portugueses Quinhentistas.

    ResponderEliminar
  7. Amigo, Companheiro e Camarada Rodrigues Marques,

    Choca-me que qualifique a intervenção do Senhor Contra-almirante António Ribeiro (pessoa que não conheço) como uma intervenção técnica e não politica.

    Depois de um dia de trabalho e de convívio em que tive o grato prazer de encontrar e conviver com um Ilustre Advogado e Ilustre Pombalense (Dr. Armindo Carolino), pessoa simpaticamente presente na minha adolescência, depois da descoberta de um companheiro fraterno da diáspora de Vermoil que soube conquistar o sucesso e o respeito noutras terras, e depois de duas viagens longas e de duas noites mal dormidas, ao contrário de muitos que não fazem questão de viver Abril, as suas comemorações e cerimónias, não tendo nenhuma actuação "politico-partidária", eu faço questão de, como espectador, assistir e participar nesses actos. Actos, em que nestes últimos anos, me é permitida a grata comoção de ver que, também nos meus filhos - ainda que apenas seminalmente -, consegui cumprir e que eles cumpram Abril sem nada me dizerem, sem nada me pedir, fazendo-o bem melhor do que eu (talvez, à socapa, venham aqui ao Farpas).

    Por essa razão, posso testemunhar, ao longo dos anos, que as intervenções dos militares de Abril são, pela qualidade do seu testemunho, das suas explanações, pela empatia e emoção com que cativam o auditório. E ver um auditório que a elas adere, porque continuam a mostrar quão e quão imensa é a generosidade com que pensaram e pensam o país e o quão grande é o desprendimento em relação a outros interesses não sejam o de servirem Portugal.

    Não estive aí, mas convenço-me, mesmo à esta distância, que foi como aqui com o Senhor Tenente Coronel Fernando Cardoso de Sousa, foi isso que o Senhor Contra-Almirante António Ribeiro demonstrou na vossa cerimónia em Pombal. Seguramente uma lição de saber democrático, seguramente, estou certo, uma “lição magistral” de Política generosamente partilhada com todos vós, certamente uma “lição” que qualquer Pombalense deveria honrar e sentir vontade em seguir.

    Que os Abraços que vos mando e que recebo, levem o calor fraterno que ajude gravar em cada um de nós a memória deste dia de Liberdade “Inicial inteiro e limpo”, como o são todos os dias deste Abril que começou a 25 para nunca mais terminar, venham quaisquer solstícios ou equinócios, venha qualquer calendário.

    ResponderEliminar
  8. Amigo, companheiro e camarada Jorge Ferreira, boa noite.
    Quando afirmo que o Contra-Almirante António Ribeiro, filho do nosso amigo Manuel Ribeiro, deu uma agradável aula abordando a revolução desde 74 a 82 de uma forma técnica e não política, estou a reproduzir o balizamento que ele próprio fez.
    Isto não lhe retira qualquer mérito, outrossim lhe acresce a dignidade da sua função.
    Entendo, por outro lado, que se deve abandonar a carga ideológica da revolução e tratar de coisas tão comezinhas como a do pão para a boca.
    É isto que hoje, infelizmente, está em cima da mesa.
    E a culpa, reconheço, não é só dos socialistas.
    Por isso é que todos nós pagamos e sem grandes culpas no cartório.
    Nasci, vivo e hei-de morrer sempre a ouvir e a sentir que temos que fazer sacrifícios em prol de um todo poderoso e insaciável Estado.
    Até quando?
    Abraço.

    ResponderEliminar
  9. Amigo Rodrigues Marques!

    Anda mesmo preocupado com os socialistas, ou apenas sentiu falta da (boa) companhia que estes proporcionam?

    Pela parte que me toca, neste dia 25 festejei os 40 anos de casamento dos meus queridos pais, seguido de uma boa sessão de teatro e convívio na minha freguesia pelo 10º aniversário do GATA (Grupo amador de teatro de Almagreira). Acompanhado sempre pelo meu cravo vermelho!

    Por outro lado, o 25 de Abril comemoro-o todos os dias do ano! Dando sempre a minha opinião,doa a quem doer, defendendo sempre aquilo em que acredito, com coerência, com respeito e (espante-se)...sem MEDO!

    Por isso caro amigo, o 25 de Abril, para mim comemora-se simplesmente assim...nunca me esquecendo de explicar o seu significado todos os anos, aos meus dois filhos! Sabe eu nasci em 1974...

    A todos os políticos cá do burgo, não reduzem o 25 de Abril(o seu verdadeiro significado) a apenas a um dia, recheados de discursos bonitos e emocionantes, para depois num ápice, não passarem disso...de meros discursos...

    Parabéns ao Farpas e 25 de Abril sempre!

    ResponderEliminar
  10. Quem dá o devido valor ao 25 de Abril? É com cerimónias como as que ocorreram hoje que se celebra uma data tão importante? É com abusos, ou com comodismos, que se valoriza a liberdade?

    ResponderEliminar
  11. Amiga e companheira Marlene, boa noite.
    Como sabes, tenho muitos amigos socialistas e que são bons companheiros de tertúlia.
    A questão não é essa.
    Respigo do comentário anterior:
    A questão é que se deve abandonar a carga ideológica da revolução e tratar de coisas tão comezinhas como a do pão para a boca.
    É isto que hoje, infelizmente, está em cima da mesa.
    E a culpa, reconheço, não é só dos socialistas.
    Por isso é que todos nós pagamos e sem grandes culpas no cartório.
    Nasci, vivo e hei-de morrer sempre a ouvir e a sentir que temos que fazer sacrifícios em prol de um todo poderoso e insaciável Estado.
    Beijo.

    ResponderEliminar
  12. Boa noite !
    Será que o 5 de Outubro não é mais importante que o 25 de Abril?

    ResponderEliminar
  13. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderEliminar
  14. Sim, caro DBOSS, o 5 de Outubro de 1143.
    Saudações.

    ResponderEliminar
  15. Boa tarde!
    Caro Professor sem dúvida o 5 de Outubro é uma data que todos os portugueses deviam comemorar, a começar pelo SR. Dom Tiago aqui do Farpas, vejamos:
    5 de Outubro de 1143 D. Afonso VI, rei de Castela, reconheceu a independência de Portugal pelo tratado de Zamora.
    5 de Outubro de 1910 o partido republicano, fundado em 1872, fez uma revolução e instalou em Portugal a primeira Republica.
    Segundo um estudo efectuado e escrito num jornal, a Monarquia Espanhola, para um território bem maior que o nosso, é muito mais barata que a nossa Republica, veja-se menos gastadora.

    A única vantagem que eu noto de 24 para 25 de Abril é poder ler e ouvir o que quero, tanto leio a bíblia como a bíblia de Karl Marx. Adoro música de Zeca Afonso, Carlos Paredes, pessoas tão simples como a música que tocavam.

    ResponderEliminar
  16. Quero frisar que esse estudo é em termos relativos à população de cada país, ou seja, cada espanhol paga menos pela Coroa Espanhola que um Português paga pela Casa Civil da Presidência da República. Ora sendo eles 44 milhões e nós 10 milhões... é só fazer as contas.

    ResponderEliminar
  17. Senhor DBOSS,

    Por aqui que tanto se fala de liberdade parece-me que todos se esquecem que antes do malagroado dia 5 de Outubro de 1910, todo o Reino de Portugal era mais livre e mais feliz. Antente-se aos periódicos como o António Maria e outros... até SS.MM. eram ridicularizadas. Já o 25 de 74, nem me atrevo a comentar... bem se viu quem foi tomar os lugares cimeiros do bolo administrativo e os escândalos morais que temos visto todos os dias desde essa altura.

    Mete dó ver a administração pública e pior que tudo as cabeças do Estado.

    ResponderEliminar
  18. "Uma porra pá, um autentico desastre o 25 de Abril, esta confusão pá, a malta estava sossegadinha, a bica a 15 tostões, a gasosa a sete e coroa... Tá bem, essa merda da pide pá, Tarrafais e o carágo, mas no fim de contas quem é que não colaborava, ah? Quantos bufos é que não havia nesta merda deste país, ah? Quem é que não se calava, quem é que arriscava coiro e cabelo, assim mesmo, o que se chama arriscar, ah? Meia dúzia de líricos, pá, meia dúzia de líricos que acabavam todos a fugir para o estrangeiro, pá, isto é tudo a mesma carneirada!"

    ResponderEliminar
  19. Porque ainda é Abril e porque este poema não me sai da cabeça, aí vai:

    Porque os outros se mascaram mas tu não
    Porque os outros usam a virtude
    Para comprar o que não tem perdão.
    Porque os outros têm medo mas tu não.
    Porque os outros são os túmulos caiados
    Onde germina calada a podridão.
    Porque os outros se calam mas tu não.

    Porque os outros se compram e se vendem
    E os seus gestos dão sempre dividendo.
    Porque os outros são hábeis mas tu não.

    Porque os outros vão à sombra dos abrigos
    E tu vais de mãos dadas com os perigos.
    Porque os outros calculam mas tu não.

    Poema: Sophia de Mello Breyner Andresen
    Música de Padre Fanhais em: http://www.youtube.com/watch?v=IT_31oLD8eg

    ResponderEliminar
  20. Bom dia!

    Porque os outros se intitulam donos da verdade
    Mudam-se as moscas mudam-se as vaidades.

    É giro pá dizem-se uns palavrões
    A malta acomoda-se como parvalhões.

    Isto ainda vai dando apelidamos o povo de carneirada
    Continuamos a roubar vai dar em nada.

    Controlamos a rádio e televisão
    Dominamos a política e dizemos os outros não têm visão.

    Salazar esteve lá 35 anos governou o País sem tostão
    Para estes não chega um milhão

    Autor: eu mesmo aqui e na hora só admita críticas da Sra. Edite Estrela.

    ResponderEliminar
  21. Eheheeh... grande Zé Mário... eu sabia que ías causar boa impressão! ;)

    ResponderEliminar
  22. Caro DBOSS,

    A piada da democracia é mesmo essa: poder dizer umas alarvidades após um belo poema. Mas, se usarmos o lápis azul do bom senso, a coisa tem muito mais graça. Não concorda comigo?

    Um abraço,
    Adérito

    ResponderEliminar
  23. Camarada Gabriel, aconselho-te a apresentares queixa, por haver quem ouse pensar que pode conseguir que sejas uma alma jovem censurada ;)

    http://www.youtube.com/watch?v=Do4eVLRW6qI&feature=related

    ResponderEliminar
  24. Muito medo existe por aqui da censura...

    ResponderEliminar
  25. Caro Senhor TiagoLouriçal

    Por aqui não se encontra muito medo da censura, mas lá por fora vai-se cada vez mais encontrando aquele respeitinho doente daqueles que temem que quem distribui as migalhas se aborreça com opiniões próprias (e contrárias).

    Essa sim, é uma das doenças da nossa terra (não terá o monopólio, seguramente, mas em nossa casa sentimos sempre com mais acuidade a doença).

    ResponderEliminar
  26. Nem sempre, meu caro, nem sempre. Mas gostaria de acreditar que sim.

    Por outro lado, mentira repetida mil vezes é verdade... Frase aplicada bem a propósito de tanto período da nossa História...

    ResponderEliminar
  27. Existe sempre alguém que encontra o "tal" papel e que como um rato tanto aborrece que a verdade surge. É tudo uma questão de tempo!

    Creio firmemente que a verdade tudo vence, como se diz na giria popular, Deus não dorme.

    ResponderEliminar

O comentário que vai submeter será moderado (rejeitado ou aceite na integra), tão breve quanto possível, por um dos administradores.
Se o comentário não abordar a temática do post ou o fizer de forma injuriosa ou difamatória não será publicado. Neste caso, aconselhamo-lo a corrigir o conteúdo ou a linguagem.
Bons comentários.