26 de abril de 2009

Um verdadeiro – “Galo”

...
"Viver num concelho economicamente parado. O fisco de arma apontada às empresas não lhes larga a porta, parte dos nossos impostos transitam para o poder local, e é o mesmo poder que esbanja milhares de euros oferecendo pão e circo aos contribuintes.
Começo a pensar que há intocáveis na nossa incompleta democracia, e que o sol quando nasce, não é para todos. Bem como quando chove, há abrigos privilegiados para alguns.

Os responsáveis pelos dinheiros públicos que dizem ter sido gastos sem controlo só tem um responsável – o presidente do conselho de administração da PombalViva. Tratando-se de dinheiros públicos deveriam ser julgados criminalmente e não politicamente como é o caso.
Não temos, portugueses que, por norma, contabilizar o custo das decisões politicas e, tão pouco o de responsabilizar os seus autores pelas respectivas consequências danosas."

Gostava de ter escrito isto!
Eliseu Ferreira Dias, O Correio de Pombal , 23 de Abril de 09

17 comentários:

  1. Acho que o Sócrates esteve reunido com o conselho de administração da Pombal Viva.
    E o balúrdio de dinheiro público que anda a ser gasto com estudos de TGV, aeroporto e outras mordomias num País de tanga.
    Para além do despesismo do governo socialista ainda se hipoteca o futuro dos nossos filhos e netos. Eles é que vão pagar esta loucura Sócratomania quando ele estiver hospedado no lar com uma reforma de 50 mil.
    Também não é criticável?
    Este é que é um problema real de todos nós não é a pombal viva que gastou mais 200 mil euros em relação a anos anteriores. OK a malta vai ter de pagar mais um cêntimos pelo erro de cálculo do gestor, então e os gestores do seu partido?

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  2. Vai ficar bem mais caro!

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  3. E o administrador da Pombal Viva será responsabilizado criminalmente se a auditoria revelar desvios para proveito próprio. Agora julgar sem a prova constitutiva só serve para entupir os tribunais. E os favores ou facilidades ilegais concedidas a muitos empresários da praça não deveriam ser responsabilizados criminalmente.
    Ai Ai quem quiser que atire a primeira pedra, e até atiram esquecendo de que têm telhados de vidro.

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  4. Até Cavaco Silva apelou à mobilização do povo para votar nas entrelinhas está implícito que é preciso sacudir e vetar a gestão socialista deste governo.
    As alternativas dos outros partidos até podem ser fracas mas quando se trata de tentar colocar o País ainda mais na penúria qualquer um serve para governar. se não fizer reformas pelo menos não esbanja o nosso dinheiro para as futuras gerações pagarem a factura!

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  5. E é preciso comentar anónimo para dizer que estamos fartos deste (des)governo socialista? Ainda só passa pouco mais de uma hora do 25 de Abril, porquê tanto medo?
    Sim, estou farto de ver medidas governativas que não servem ninguém.
    Sim, estou farto de ver o Governo insistir em projectos megalómanos que vou ter de pagar com os meus impostos.
    Sim, estou farto que ninguém lute pelos direitos dos portugueses.
    Não, não preciso de me manter anónimo para dizer isto. O espírito de Abril é ainda vivo e dá-nos o direito de dizer que queremos mudar....

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  6. Os pombalenses pagaram mais dos que os 300 mil euros de prejuízo da PombalViva no Bodo. Em bilhetes foram 173 mil euros e ainda há que somar as despesas que a Câmara Municipal de Pombal assumiu (material, despesas, mão-de-obra). Para o cidadão fica um custo para cima dos 500 mil euros. Admitamos: o Bodo nestes moldes tem custos e são elevados e são muito mais quando o benefício é duvidoso. Mas são muito mais se houver má gestão e houve má gestão. Como já disse publicamente o que espero do Bodo é uma oportunidade para captar investimentos, algo que não vejo assumido. Não é com a mera exposição de empresas que se vai lá, tem que reforçar a venda das marcas pombalenses (empresas e vantagens competitivas) e de uma forma directa, concertada entre Câmara e Empresários. Assim são mais e mais oportunidades perdidas. É que com os 9000 euros que custou a festa de anúncio do Bodo já se faziam muitos jantares promocionais da economia pombalense, só para dar um exemplo.

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  7. Para estimular a economia local já há quem tenha medidas preparadas...

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  8. E qual é o teu problema em opinar no anonimato. Sabes lá se terei ou não represálias em expressar a minha opinião. Enganas-te. Muitos daqueles que apregoam o espírito são os primeiros a censurar.
    Sim a censura existe. Verifica a entrevista do empresário e deputado do PS ao jornal de Leiria.
    Vivemos a ditadura democrática. Com isto não quero dizer que defenda ou pretenda a do outro tempo.
    Mas claro que existe para muitos. Ou não andas neste mundo.

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  9. Para alguns há sempre justificações. Comparar os gastos com a Festa do Bodo - ou a má gestão das mesmas... - com o TGV é obra! Parabéns!
    Julgo que o Governo não devia lançar nenhuma obra. Convenhamos: deveria antes transferir as verbas para os municípios, que por sua vez as colocavam nas suas empresas municipais, e estas que lançassem obras. Auto estradas? TGV? Aeroporto? Qual quê? O dinheiro nas mãos dos autarcas beneficiava mais rapidamente o povinho, através dos subsídios atribuídos às milhentas associações, algumas das quais com reduzida actividade.
    A propósito, quanto gasta a Câmara de Pombal em subsídios durante o ano?

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  10. Caro Alfredo,

    Diga-me então qual é a base de qualquer economia? Serão as grandes empresas ou as PME? É que obras como o TGV ou o aeroporto vão beneficiar principalmente as grandes empresas, deixando de fora muitas PME que apenas seriam beneficiadas com obras de âmbito local. Além disso, quer em termos de matéria-prima quer de mão-de-obra, vai provavelmente ter de se recorrer ao estrangeiro, o que vai aumentar (ainda mais) o já elevado endividamento externo. Podíamos então falar em prioridades e aí dou razão ao PS Pombal, quer Pombal quer outros concelhos precisam de investimentos nas suas escolas, unidades de saúde e de cuidados continuados, etc. Isto sim é investimento público que estimula a economia e que obedece às prioridades dos cidadãos...

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  11. fernando daniel carolino26 de abril de 2009 às 22:18

    "Podíamos então falar em prioridades e aí dou razão ao PS Pombal, quer Pombal quer outros concelhos precisam de investimentos nas suas escolas, unidades de saúde e de cuidados continuados, etc."
    Finalmente vejo alguém a dar razão ao PS de Pombal. Já não era sem tempo. Afinal das contas faz bem andar por aí a questionar, a colocar as coisas no lugar, a revelar algumas daquelas que se vão sabendo por aqui e por ali. Faz sentido então continuar. Nem que seja para ver melhorar a conduta de quem pensa que governa bem. Um só reparo - é pena que seja já tão tarde que os pombalenses tenham acordado para este tipo de materias mas como mais vale tarde do que nunca... as eleições estão à porta e pode ser que sejam forma de os pombaleneses mostrarem um desagrado em conformidade.
    F.D.Carolino

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  12. Caro Nuno,
    Aprecio o teu voluntarismo e curiosidade na intervenção política. Participas e discutes tudo. Mas há temas que são complexos e para os quais não deveremos partir com ideias pré-concebidas (a não ser que tenhamos argumentos fortes). É o caso das políticas de crescimento, nomeadamente em período recessivo.
    Dizer que se deve apoiar grandes empresas ou pequenas é uma banalidade. Depende logo, muito, do que queremos privilegiar: produto ou emprego. E depois, há ainda muitas variáveis.
    As questões técnicas: economia, educação, saúde, etc., são muito mais complexas do que o ruído da discussão política. Penso eu.

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  13. Caro Engenheiro Adelino Malho,
    Sei que direi muitos disparates. Há dias alguém aqui no blog me desafiava a concorrer à presidência da Junta de Freguesia, assumi-me incompetente para isso, disseram que então também era incompetente para opinar.
    Não concordo e portanto continuarei. Continuarei porque só assim poderei participar e também só assim poderei ser corrigido quando erro.
    Quanto à questão de estímulo à economia, julgo estar certo, mas como disse, ainda tenho muitas opiniões erradas, não será por isso que deixarei de as dar e agradeço que as contrariem e que justifiquem. Só assim poderei mudar de opinião.
    E já agora peço desculpa pelos tais disparates, mas penso que todos os diremos de vez em quando.
    Por fim, e já sei que aparecerá por aí algum anónimo a comentar o meu súbito ataque de consciência, quero pedir desculpa pela minha intervenção no seu post sobre a falta de ideias, que desviei para o tema do Bodo. Cometi o erro que tantas vezes critico: desviei-me do essencial e tornei a política numa competição. Cá estou a assumir o erro,
    E aguardo a lição de economia...

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  14. Caro Nuno,
    Disparates todos dizem, uns mais do que outros. Aqui o disparate é livre, desde que não seja ofensivo (ou seja assumido).
    A mim, não tem que me pedir desculpa de nada. Acho que tem sido muito correcto em todas as participações.
    Não lhe quero dar lições de economia, até porque não sou um especialista na matéria, mas, do pouco que sei e do que constato, direi que há um enorme consenso entre os grandes economistas que se deve atacar os períodos recessivos com investimento público (até porque, nos períodos recessivos, a maior parte dos investidores não investem e as famílias não consomem tanto). Mesmo os EUA, que têm seguido o pensamento da corrente monetarista, abandonaram totalmente as preocupações com o défice e apostaram forte no investimento público. Mas chegados aqui, a pergunta que se coloca é: investir onde e como? Não é uma questão fácil de responder, depende de muita coisa.
    Mas indo à questão inicial é: apoiar as empresas grandes ou as pequenas?
    O que sei é que quando o Estado tem e quer reactivar a economia tem que ser com grandes investimentos, não com cócegas. Os grandes projectos são para as grandes empresas não para as pequenas (por questões de dimensão).
    O que sei é que as grandes empresas são a locomotiva da economia, e são estas que, normalmente, fazem arrancar a economia e arrastam as pequenas.
    O que sei é que as grandes empresas são mais eficientes e contribuem mais para o crescimento do produto (efeito massa). Por outro lado as pequenas empresas contribuem mais para o crescimento do emprego, mas em momentos de crise as pequenas empresas não criam emprego.
    Por isso digo, não me parece muito correcto afirmar que se deve privilegiar as pequenas empresas em vez das grandes. Depende do que queremos atingir: mais produto ou mais emprego. Sendo certo que nos períodos de recessão são sempre as grandes empresas as que a arrancam primeiro e as primeiras a criar emprego.
    Boas,
    AM

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  15. Caro Nuno,
    Quando opino, faço-o com base na informação que vou recolhendo de várias fontes. Não sei - os meus conhecimentos não permitem ser peremptório numa tal questão - se o TGV, o novo Aeroporto ou as estradas anunciadas (os chamados megaprojectos!) são ou não indispensáveis. O que não tenho dúvidas é que algumas destas obras tiveram início (com os respectivos estudos, projectos, pareceres vários...) há muitos anos, algumas mesmo há mais de dez anos. Já se gastaram (governos vários da responsabilidade do PS, do PSD/CDS e agora do PS) rios de dinheiro com elas. E, creio, muitas das verbas nem sequer saiem do OE e outras são comunitárias.
    O que tem estado mal - na minha opinião pessoal, que não represento ninguém!- é que, neste nosso país, há o pecado de desfazer tudo quanto é projectado ou lançado pelos governos antecedentes. Um mal que não aponto à actual oposição, mas a todas as oposições, independentemente da sua cor.
    Mas, caro Nuno, não quero impedir que continue a manifestar as suas ideias. Mas, permita-me que continue, igualmente, a ter as minhas. OK?

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  16. Caro Adelino Malho, eu de economia muito pouco percebo também, mas continuo a pensar que as pequenas empresas criam emprego mais rapidamente no cidadão comum. Pode ser uma ilusão minha, mas é o que acho.

    Caro Alfredo, tudo o que disse é verdade. Apenas acho que neste momento esses projectos não são prioritários. Claro que o deixo ter a sua opinião, mas não me abstenho de a discutir, porque é assim que se chega a conclusões.

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