17 de janeiro de 2009

Quem anda à chuva, molha-se


Quem se propõe a fazer alguma coisa está sempre sujeito ao aplauso e à crítica. Políticos, activistas sociais, artistas, dinamizadores culturais, todos se queixam de ser mal interpretados por aquelas que "nada fazem" e "só sabem criticar". Só quem nunca passou por isso é que não sabe como é...

Os jovens que, este ano, organizaram as Festas de Santo Amaro estão de parabéns pois conseguiram reavivar as comemorações pagãs da mais importante festa religiosa da cidade.
A opção pelo kitsch, assumida publicamente com a criação do blog, foi concretizada por uma proposta que previa o convite ao artista Leonel Nunes. Paralelamente, a aposta incidia em grupos de Pombal, conferindo às festas um figurino muito interessante.

Quando vi o programa final fiquei, confesso, bastante desiludido. Não, não foi pela corrida de carrinhos de rolamentos; essa foi uma boa ideia. Fiquei desiludido pois penso que se perdeu uma grande oportunidade de marcar a diferença em relação ao que toda a gente faz. Se a ideia inicial era o kitsch, o resultado final foi pimba. Toy e Mónica Sintra? Se havia dinheiro para gastar, porque não ser mais inventivo?


Em Tomar, na aldeia de Cem Soldos, os jovens do Sport Clube Operário local organizam, no Verão, o festival Bons Sons. Também são jovens, também têm poucos apoios, também se queixam de não serem compreendidos. No entanto, o programa que apresentam é surpreendente e tem sabido cativar visitantes de todo o país.


Até domingo!

1 comentário:

  1. Segundo sei, o Presidente Narciso não pensa permitir o S.Amaro na Praça do Marquês, nos próximos anos. E quando digo não pensa, digo que é veementemente contra.

    O argumento: a festa desprestigia o espaço...

    Eu sei, também me apetece beber.

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