5 de novembro de 2008

Era o Carlos

Os rapazes da minha geração andam a partir antes do tempo. Ontem foi o Carlos. O Carlos Silva. Morreu num brutal acidente de automóvel, como as vítimas que tantas vezes tentou socorrer ao serviço dos Bombeiros Voluntários de Pombal ou do INEM. Salvou vidas. Ontem, levaram-lhe a dele.
O Carlos gostava de Pombal. Foi, como outros, uma voz da rádio nos idos de 80 e 90, um dos que lhes deu vida, que ajudou o fenómeno a singrar na vila de então, no concelho todo. Entusiasa das coisas da terra e da informação, já nesse tempo tinha um pé nos estúdios e a alma nos bombeiros. Guardo-lhe a imagem de fato macaco e boné sujos de fumo e de cinza, em pleno verão, sentado ao microfone da Clube, em directo, no noticiário. Ficámos amigos pela vida fora. A Isa já era dele (como sempre foi...) a Bruna veio completar-lhes a existência, há uma adolescência atrás, feita de 14 anos.
A notícia caiu-me gelada, como sempre são as notícias de morte. Tínhamos tanto para falar, Carlos. Descansa em paz, amigo.

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