29 de setembro de 2008

Da feira de poterry, handicraft, e de algum artesanato

Só eu sei porque é que não vou às tasquinhas. São manias, sim. Gostei de lá ir noutros tempos, antes da industrialização do petisco e do prato típico do concelho passar a ser grelhado misto. Nos úlimos anos começou a comer-se mal e caro. Mas como há gostos para tudo e saudosismos não enchem barriga (muito menos a da ASAE), admiro este povo que continua a comer o que se lhes dá, sem questionar. Fiquei-me, uma vez mais, pela volta ao artesanato. E, vá lá, a minha contribuição para a economia do país, na compra de duas bugigangas e uns doces alentejanos. Ia já com a pulga atrás da orelha, depois da conversa que ouvi cá fora: um expositor dizia ao outro que " e tal, isto é da minha filha, eu não percebo nada disto, mas como ela não pôde vir(...). Pois, isto não 'tá fácil, mas olhe, dantes ela matava-se a trabalhar para fazer tantos brincos. Agora mandava-os vir e ficam-lhe muito mais baratos. E o lucro é outro!"
É a modernização do artesanato, senhores.
E sim, faz sentido traduzir o discurso do senhor presidente em francês, na inauguração. Para a próxima pode aé ensaiar-se uma tradução poliglota - até em chinês, quem sabe? - e assim presta-se homenagem às origens de todos os materiais que por lá se vendem. A malta de Biscarrosse não se deve importar. E a de cá muito menos, está visto.

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